terça-feira, 13 de março de 2012

CASO DE REGRESSÃO DE MEMÓRIA

        Geraldo, filho caçula de uma família de cinco irmãos, estava já com 43 anos e não conseguia liberta-se de um profundo sentimento de rejeição, que foi o motivo pelo qual jamais conseguiu levar adiante nenhum relacionamento amoroso. Era um homem extremamente bem apessoado, rico, culto e realizado em sua profissão; até no seu círculo de amizades, não acreditava que pudessem gostar dele.   Por isso, vivia afastando todos os que dele procuravam se aproximar.

     Submetido ao processo de Regressão de Memória, sentiu-se dentro do útero materno e começou a chorar, dizendo que sua mãe estava tomando remédio para abortá-lo.   Sentiu que recebia socos , através da barriga da mãe; era o pai que, embriagado, esmurrava o abdômen da esposa, culpando-a pela gravidez não desejada, após outros quatro filhos - com situação financeira precária.

     No final da gestação de Geraldo sua mãe recebeu vultosa herança.   Separou-se do pai dele e veio a casar de novo, com um senhor bom e de especial situação financeira, que deu seu próprio sobrenome a Geraldo e o tratou sempre como filho legítimo; sua mãe também se extremou em sua educação, com muito carinho.

     Os traumas vividos na vida intra-uterina, de profunda rejeição, fizeram com que Geraldo se sentisse sempre um rejeitado.

     Tomando consciência da origem do seu trauma de rejeição, Geraldo não mais se permitiu ser uma vítima inconsciente e passou a confiar mais nos amigos e a se entregar ao amor.   Hoje, é bem casado e pai de dois filhos.

     A experiência de Regressão de Memória consiste em nos sentirmos vivendo o nosso passado.   Não é mera recordação: é uma revivescência.

     A Psicanálise sempre pretendeu que a libertação dos traumas - catarse - fosse realizada com o máximo de emoção possível. A Regressão de Memória concretiza com perfeição esse intento, uma vez que revivendo o passado ele retorna com a mesma carga de emoção de então, produzindo grande alívio, por se tratar de um desabafo real e de períodos muito antigos, vários deles inacessíveis às formas de Psicoterapias tradicionais.

     Algumas vezes, em Regressão de Memória, vivenciamos situações traumáticas já conhecidas pelo consciente.   Mesmo assim, exercem efeitos curativos, porquanto uma coisa é nos recordarmos que fomos traumatizados e, outra, muito mais forte e aliviante, é revivermos o trauma.

     As Regressões de Memória são produzidas por técnicas que levam o cliente a alcançar o ritmo ALPHA do cérebro, ritmo de profunda tranquilidade mental, através de concentração e de relaxação física e mental, de preferência com galvanômetros, aparelhos que detectam o relacionamento psicofísico do paciente.

     A técnica tradicional em Regressão de Memória propõe um minucioso rastreamento na vida subconsciente da pessoa que se submete a esse processo, descendo, ano por ano, no curso de sua vida.

    Tentando acelerar o processo, podemos ir descendo de 5 em 5 anos de vida do cliente, até chegarmos à adolescência, onde o processo de Regressão ano a ano faz-se recomendável, pois os traumas que se gravam com mais força nas estruturas subconscientes de nosso psiquismo costumam instalar-se na adolescência e, sobretudo, na infância.

    Conforme os grandes Mestres da Psicologia afirmam, os principais traumas são os que se fixam na infância, até os 5 anos de idade, e os adquiridos na vida intra-uterina, esses últimos mais estudados pela Parapsicologia.

     No processo livre de Regressão de Memória propomos ao paciente que o tempo está rolando para trás na sua vida, mas não fixamos data: deixamos entregue ao seu próprio subconsciente as cenas que precisa reviver do seu passado.

     Nem sempre em Regressão de Memória revivemos momentos dolorosos.   Algumas vezes nos sentimos vivendo de novo momentos muito felizes: é uma necessidade do subconsciente trazer ao consciente tais emoções positivas, para nos energizar.